A Coroa de Lisboa: O Castelo de São Jorge.
Sep. 16 2019
Existe um Hotel dentro da muralha do Castelo de São Jorge, que também faz parte da História.
O Solar do Castelo, instalou-se naquelas que outrora foram as cozinhas da corte, fazendo deste, o Heritage com a História mais antiga de todos os que fazem parte da Lisbon Heritage Collection.
Dentro e fora de portas, as pedras que adornam as paredes perpetuam o passar dos séculos; os materiais integrados na decoração, como o ferro fundido e o coro, mantêm a ambiência; as vistas para a muralha, para as ruelas estreitas, para o pátio ensolarado com a luz de Lisboa ou até ao Tejo, proporcionam a cada hóspede um pedaço do que é viver Alfama, do que é viver o antagonismo do romantismo e da sobriedade de um Castelo.
Se ainda não sabe onde ficar na sua estadia em Lisboa, considere a hipótese de viver esta experiência e, além de souvenirs, voltar com mais História na bagagem.
História do Castelo de São Jorge
Este é um dos Castelos mais conhecidos de Portugal. Ergue-se na mais alta das 7 colinas de Lisboa, tendo sido parte da zona nobre da cidadela medieval, que além do castelo, integrava o Paço Real e áreas residenciais de elites, cujas casas ainda são visíveis no Sítio Arqueológico.
Data de meados do século XI, foi edificado pelos muçulmanos e mais tarde tomado por D. Afonso Henriques, na conquista de Lisboa, em 25 de Outubro de 1147. Até ao início do século XVI, este castelo foi o espaço mais importante para a corte portuguesa e onde foram aclamados vários Reis entre os séculos XIV e XVI.
- Saiba mais sobre D. Afonso Henriques
Além de morada a Reis, à Corte e ao Bispo, o castelo também foi utilizado para instalar o arquivo real, para receber figuras ilustres, nacionais e internacionais, enquanto paço real, mas também como polo militar, função que começou em 1580 e manteve-se até XX.
Em 1755, após o terramoto de Lisboa, o espaço é alvo de reconstruções.
Estas, acabam por esconder parte do passado do Castelo e deixa-o apenas com a função militar, ocupado com quartéis.
Na década de 30, houve o maior investimento de sempre neste Monumento Nacional, ao qual são dedicadas obras de restauro que permitem redescobrir o castelo, os vestígios históricos e as construções antigas.
O castelo perde o seu cariz militar e é finalmente devolvido aos cidadãos.
As investigações arqueológicas nas zonas envolventes continuaram ao longo das décadas seguintes e foram revelando o inestimável valor histórico que justificou a classificação do Castelo de S. Jorge como Monumento Nacional, através de Decreti Régio de 1910.
Alguns dos vestígios descobertos mais importantes estão patentes na Exposição Permanente, no Sítio Arqueológico.
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